terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Que possamos!

Sim! Que possamos jogar amarelinha
Peteca, vôlei , dama ou xadrez
Nos lambuzar de sorvete sem vergonha
gargalhadas de chocolate ou napolitano

Que possamos dançar e cantar com ou sem som
Uma marchinha, uma bossa, nova ou velha
ler e reler um best-seller, uma poesia,
um conto, cordel ou romance

Que possamos ir ao cinema, filme mudo ou não
Ou filme em casa, ver até o fim ou dormir no meio
Ir ao teatro, ver atriz, ator e espelhos
reflexos de nós, de choro, alegria, desespero

Seja tragédia grega ou shakespereana
Édipo ou Otelo, Medeia ou Ofélia
Morte, vida, beijo de chegada ou despedida
que possamos ser assim desse jeito

Como uma criança descobrindo o mundo
Eu descobrindo você, você descobrindo a mim
de um jeito novo todo dia, sem drama, com
comédia sim! Eu quero uma pessoa assim!

4 comentários:

  1. Qual é a fórmula guria, da descoberta todo dia?

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  2. talvez não exista uma fórmula. acredito que não haja fórmulas quando se trata de amor. amor é espontâneo. a gente sente e só. enfim, o eu-lírico desse poema idealiza uma pessoa e o próprio amor, mas não necessariamente quer dizer que exista uma pessoa e um amor assim desse jeito...

    Ana

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  3. ah, e obrigada pela pergunta. devo dizer que ela me intrigou. rs.

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  4. .aNa., ao ler seu poema, transparece para mim como a obra alheia pode impactar aquele que está receptivo a ser tocado de alguma forma...

    a expectativa do sentir já resume tudo que alguém espera daqueles que se dão ao trabalho de receber o que um artista cria!

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