terça-feira, 24 de maio de 2011

Sem endereço

O chão que piso tem que ser duro
e seco como o sertão.
Ele não pode se abalar com o peso
de minhas dores, questionamentos
incessantes e frustrações experimentadas
na leitura diária de um jornal.

Donde venho?
Onde estou?
Para onde vou?
Eu preciso ir.
Eu tenho fome e é
fome do lugar que meus sonhos sonham.
Não quero mais esse jejum involuntário.
Quero o endereço desse lugar.
Alguém sabe me dizer?

O chão que piso quase não suporta mais
o peso da leveza de meu corpo que
some a cada sonho...
Estou sumindo.
Cadê a minha mão? Está sumindo.
Preciso do endereço desse lugar.
Alguém sabe me dizer?
Cadê a minha mão?
Não estou conseguindo escrever.
Preciso do endereço desse lugar.
Alguém sabe me dizer?
Alguém sabe me?
Alguém sabe?
Alguém?
?

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Tristeza

E eu...
RIo rio rio rio
RIo rio rio rio
RIo rio rio rio
RIo rio rio rio

Sim! O excesso de tristeza me faz ri ri ri ri ri...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Vício

Mulher meu vício
Que será de mim sem ela?
Evito-a. Excito comigo, mas cadê
a pele com a pele de me causar arrepios?
Procuro-a. Excito com ela, mas de novo o medo
dos calafrios... de Dor.
Dor sem prazer?
Dor que dói.
Dor pungente que me obriga a evitá-la novamente.
Essa mulher me dói, mas meu vício?
Tenho que alimentá-lo ou morro.
Socorro!
Evito ou procuro?
Socorro!
Mulher meu vício
Que será de mim sem ela?