quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Eu... eu... te... eu... eu... te...

Poesia sem fôlego ou A frase que não sai

E por vias permissíveis
rocei a minha barba no seu rosto.
E como sorriu um sorriso de travessura
meu corpo, libidinoso, te roçou sem censura.
E, de repente, era um botão que se abria.
Era o seu, porque o meu já não se sabia.
E no vai e vem eu lhe dizia: Eu... eu... te...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vens e vais... vens e vais... vens e vais...

Profana
à maneira de Bandeira

Vens
e vira do avesso meu mundo,
profana o que em mim é mais puro.
Depois vais e cai nos braços daquele rapaz.
Esqueces, me apagas, me apago.
Que dor me traz!

Ai de mim que sofro
e quanto mais sofro mais me perco
nas pernas das moças
que sedento penetro suas coxas.
Mas não são suas coxas!
Que dor me traz!

Jazz um peito sofrido
que de amor se alimenta.
E tu, tu que me atormentas
vens sedenta para nutri-lo,
mas sempre me deixas e vais com aquele rapaz.
Que dor me traz!

Vens e vais...