quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Vens e vais... vens e vais... vens e vais...

Profana
à maneira de Bandeira

Vens
e vira do avesso meu mundo,
profana o que em mim é mais puro.
Depois vais e cai nos braços daquele rapaz.
Esqueces, me apagas, me apago.
Que dor me traz!

Ai de mim que sofro
e quanto mais sofro mais me perco
nas pernas das moças
que sedento penetro suas coxas.
Mas não são suas coxas!
Que dor me traz!

Jazz um peito sofrido
que de amor se alimenta.
E tu, tu que me atormentas
vens sedenta para nutri-lo,
mas sempre me deixas e vais com aquele rapaz.
Que dor me traz!

Vens e vais...

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